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Ao mesmo tempo o seu tratamento para com a infeliz imperatriz era o mais insensível. Enquanto prodigalizava de graças
à nova marquesa, e ela distribuía mercês por suas mãos, aquela que era filha da augusta descendência da casa de
Habsburgo, apesar de ser pouco dispendiosa em seus hábitos, estava reduzida a solicitar de seus fâmulos empréstimos e
dinheiro.
São inúmeras as cartas de d. Leopoldina para comerciantes e agiotas pedindo
empréstimos para fazer face às suas despesas e às obras sociais que se considerava obrigada
a empreender em virtude de sua posição. Escrevendo para um afilhado, ela se desculpava:
Perdoai o mau papel, mas a miséria chegou a esse ponto . Conta ainda Maria Graham que,
depois que saiu do serviço do Paço, enfrentou um período de dureza em que teve de vender
até mesmo a louça da casa para poder se manter. Uma pessoa conhecida da imperatriz, tendo
visto a inglesa comer em um prato usado geralmente pelos escravos, deu-lhe notícia desse
fato. Pouco depois, em 1o de março de 1825, ela receberia estas linhas de d. Leopoldina:
Minha cara e muito amada amiga, jamais, crede-me, ousaria ofender vossa delicadeza. Mas, como amiga que partilha
sinceramente vossos prazeres e tristezas, podendo imaginar que sofreis privações, ouso rogar-vos que aceiteis como um
presente de amizade esta pequena ninharia em dinheiro que me vem do patrimônio da minha cara pátria.
Isso num tempo em que seus recursos, controlados com mão-de-ferro pelo imperador,
eram muito escassos. Schlichthorst conta que certa vez a imperatriz, encantada com uma
poesia que ele fizera em sua homenagem, dera ordens para que lhe dessem 200 mil-réis por
conta de seu caixa particular. No dia seguinte, ele foi à casa de Plácido, o camarista, que lhe
falou sobre as dificuldades em que se encontrava a caixa imperial etc. Schlichthorst conclui
assim sua narrativa: Sabia perfeitamente aonde ele queria chegar, e dei logo um recibo de
200 mil-réis, recebendo apenas 150 mil em dinheiro contado .
Maria Graham dá testemunho do ambiente da Quinta da Boa Vista no final de 1824,
quando ali reinava Plácido com sua corte de criadas e damas intrigantes, quase todos espiões
e inimigos de d. Leopoldina. Ela conta que, na noite em que foi despedida por d. Pedro,
devendo partir no dia seguinte, foi procurada pela imperatriz. D. Leopoldina recomendou-lhe
que não comesse coisa alguma que lhe fosse mandada pelas vias do costume, porque, ainda
que esperasse não existir havia muito no palácio pessoas tão malvadas, era certo que ela havia
perdido o seu secretário alemão no qual tinha muito grande confiança por envenenamento .
Diz Maria Graham que a parte em que a imperatriz e d. Maria moravam com todo o seu
séquito devia se fechar cada noite muito cedo e não abrir senão pouco depois do nascer do
sol. O resto do palácio, onde habitavam Plácido e as demais damas, continuava aberto por
quase toda a noite, onde eram constantes os jogos de cartas e as risadas. Em carta para a irmã,
d. Leopoldina se queixava: De noite, às oito horas, na cama, pois é mais fácil um rochedo se
transformar em leite do que conseguir permissão para freqüentar o querido teatro .
Leopoldina fazia suas refeições numa espécie de quarto de passagem mobiliado com as
malas fechadas que ela havia trazido de Viena. Essas malas fechadas simbolizavam um pouco
a sua frustração. Elas continham, segundo Graham, vestidos que a sociedade do Brasil não
exigia; livros que a imperatriz não tinha oportunidade nem espaço para arrumar; e
instrumentos para prosseguir no estudo de filosofia natural e experimental, que ela muito
apreciava, mas que ninguém naquela terra entendia senão ela .
Mesmo no que dizia respeito à educação das filhas, d. Leopoldina não tinha nenhuma
autonomia. Querendo educá-las à moda européia, havia encomendado pequenos jogos de
ferramentas para jardinagem, mas, diz Graham, estes haviam sido mantidos escrupulosamente
em desuso, porque, como diziam as damas, não ficava bem a princesas estarem revolvendo a
terra suja como negros, e as ferramentas eram consideradas uma pilhéria européia da
imperatriz, que não sabia o que convinha nem ao clima do Brasil nem à dignidade dos
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